Introdução:
O TecLab realiza desde o ano de 2014, testes em fontes de alimentação para computadores de forma profissional, com equipamentos apropriados onde centenas de modelos foram testados.
Durante esse período houveram atualizações nos equipamentos e métodos, que resultaram em um programa e consequente “Selo de Aprovação”.
Para obtê-lo, o modelo deve respeitar os preceitos necessário e cumprir rigorosamente as especificações que promete para o público.
Dentre os testes, priorizamos os descritos em nosso protocolo, pois os realizamos ao vivo e precisamos “sintetizar” os que consideramos mais interessantes.
Apenas para referência, consideramos a certificação Cybenetics como a única confiável atualmente no mercado, desconsiderando a 80 Plus por não haver rigorosidade em seus procedimentos (temperaturas ambientes de 18 ºC a 28 ºC, não haver descrição de componentes, medição de cabos, manter sem nenhum controle a certificação de produtos que foram modificados, etc.).
Também é importante esclarecer que não se trata de uma “Certificação”, conforme faz com responsabilidade a Cybenetics, pois não certificamos e dividimos os produtos por “faixas” de eficiência, mas mostrando as condições da(s) unidade(s) testada(s) e creditando a ela, se merecedora, um selo de aprovação.
Sendo assim é essencial entender que será considerado um bom produto ou uma boa compra de acordo com a classificação para a qual o produto se propôs, seja da mais alta tecnologia e qualidade de construção, seja para o segmento custo x benefício.
Ressaltamos que os fabricantes que aderirem ao programa, devem ter por princípio que jamais podem decair a qualidade dos componentes, sabendo que pode haver falta de disponibilidade mas esta não justifica a remoção ou troca por elementos de qualidade inferior, mas somente equivalente ou superior.
PROTOCOLO DE TESTES:
Especificações da unidade:
Data da realização do teste ao vivo:
Temperatura ambiente 25 ºC ± 1 ºC
Tensão de entrada: 115V – 60 Hz (situação mais agressiva, pois 230V requer menos corrente)
Tempo para estabilização dos resultados: > 10 min
Condições de eficiência a 100% de carga:
Branco/White: ≥ 80%
Bronze/Bronze: ≥ 82%
Prata/Silver: ≥ 85%
Ouro/Gold: ≥ 87%
Platina/ Platinum: ≥ 89%
Titânio/Titanium: ≥ 90%
Sobrecarga obrigatória: conforme os padrões da engenharia, é necessário considerar um fator de segurança, portanto é obrigatório para o cumprimento de nossas especificações, que o modelo comporte 110% de carga (10% de sobrecarga), sem nenhum desligamento, descontrole ou danos.
Limites de tolerância (padrões ATX/padrão TecLab)
Osciloscópio (tempo 2 ms/ escala 20 mV, cabo BNC Belden sem escala)
Tensões de Ripple
Limites ATX / Intel
Linha +12V = 120mV
Linha +5V = 50mV
Linha +3.3V = 50mV
Linha +5VSB = 50mV
Limites TecLab
Linha +12V = 60mV
Linha +5V = 35mV
Linha +3.3V = 35mV
Linha +5VSB = 35mV
Estabilidade das tensões em 100% de carga:
Devido à sintetização dos testes para otimização do tempo, consideramos apenas a situação de carga nominal (100%):
Limite ATX / Intel
Linha +12V = 11,40V até 12,60V
Linha +5V = 4,750 até 5.250V
Linha +3.3V = 3,135 até 3.465V
Linha +5VSB= 4,750 até 5.250V
Limite TecLab
Linha +12V = 11,70V até 12,30V
Linha +5V = 4,850 até 5.150V
Linha +3.3V = 3,217 até 3.382V
Linha +5VSB= 4,850 até 5.150V
Observações:
– Para a tensão de ripple, teremos uma melhor supressão enquanto menor for o valor apresentado.
– Para as tensões nas linhas, consideramos que enquanto mais próximas de seu objetivo, mais estáveis (+ 12,0V; + 5,0V; + 5VSB), porém é bem vinda uma pequena “sobretensão” na linha principal + 12,0V considerando a tendência de queda em altas cargas.
Temperaturas:
Não existe um método padronizado para determinar as temperaturas, mas é certo de que enquanto mais frio ela se mantiver em alta carga depois de um tempo em funcionamento, melhor será.
A Cybenetics considera para os testes a diferença de temperatura na entrada e na saída de ar, o que consideramos um ótimo método.
Porém, desde 2014, buscamos pelo “Hot Spot” para achar o componente mais quente e suposto elemento para entrar em colapso.
Mesmo assim, devido à tolerância variável e às capacidades para suportar altas temperaturas em alguns componentes (considerando suas especificações), em nossos testes, para maior clareza dos resultados, avaliamos a diferença da temperatura medida em 100% de carga e em 10% de sobrecarga (110% de carga) e, desta forma, realizar uma qualificação mediante o seu comportamento.
Conforme a elevação de temperatura e controle da estabilidade da fonte, é possível qualificar o comportamento da mesma em relação à temperatura e dissipação de calor.
Análise interna:
Trata-se de uma análise objetiva onde fazemos uma descrição e avaliação dos componentes “visíveis” da fonte, os quais posteriormente são desmontados e detalhados em um “check list”.
Na avaliação realizada ao vivo são detalhadas informações como a topologia da fonte, características, (filtragem EMI, DC-DC, ventilador, varistor, termistor, etc.), servindo para a classificação do produto, tanto pela sua qualidade, quanto pelo seu desempenho e nicho de mercado.
Posteriormente é realizado o check list de todos os componentes principais para segurança e para que que sirvam de base para o consumidor, visto que os mesmos jamais podem ser “piorados” pelo fabricante, se o modelo tiver o selo de aprovação do TecLab.
Desta forma cada consumidor se torna um potencial “fiscal” e se reportado, ainda mais com a força das mídias sociais, pode causar grande desgaste para um fabricante que tenha descumprido com sua responsabilidade.
Considerações finais:
É necessário manter as mesmas condições para todos os modelos, bem como utilizar os equipamentos de testes adequados e ter muita responsabilidade, pois muita gente nos considera como referência no mercado de fontes de alimentação, principalmente no Brasil.
Por esta razão descrevemos esse protocolo e terminamos dizendo a todos que seguem e confiam no nosso trabalho que jamais os iremos decepcionar, afinal só a gente faz esse trabalho ao vivo.
Contem com a gente!